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SEGURANÇA PÚBLICA
Escuta Susp completa um ano e é ampliado para 24 unidades federativas

Escuta Susp completa um ano com a adesão de mais nove unidades da Federação ao projeto de atendimento psicológico especializado para profissionais do Sistema Único de Segurança Pública. Foto: Isaac Amorim/MJSP
Brasília, 03/06/2025 – O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) celebrou o primeiro ano do Escuta Susp, projeto de atendimento psicológico especializado para profissionais do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), nesta terça-feira (3), no Palácio da Justiça, em Brasília (DF).
Durante a cerimônia, ocorreu a assinatura de adesão de mais nove estados ao projeto: Amapá (AP), Ceará (CE), Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR), Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande do Sul (RS), Rondônia (RO), Roraima (RR) e Santa Catarina (SC).
Os termos foram assinados pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, e pela diretora do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), Isabel Figueiredo, com os respectivos secretários e representantes das secretarias de segurança pública estaduais.
Antes, o Escuta Susp já abrangia 15 unidades federativas — Acre (AC), Alagoas (AL), Bahia (BA), Distrito Federal (DF), Espírito Santo (ES), Mato Grosso (MT), Maranhão (MA), Minas Gerais (MG), Pará (PA), Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Piauí (PI), Rio Grande do Norte (RN), Sergipe (SE) e Tocantins (TO).
Para Sarrubbo, a segurança pública se faz com boas políticas públicas e com investimentos variados, mas o mais importante deles é o investimento no ser humano. “Olhar para a saúde mental das nossas forças é olhar para a melhoria da segurança pública. É a construção de uma elite de segurança pública que vai atender melhor e estar mais próxima da nossa população”, declarou o secretário.
A iniciativa, em operação desde 28 de maio de 2024, já proporcionou 11,7 mil atendimentos. São três níveis de atenção à saúde mental: acolhimento, psicoterapia e promoção à vida (para onde são encaminhadas as situações mais delicadas, como pensamentos suicidas). Em breve, novos serviços serão acrescentados ao projeto, como psiquiatria e gerenciamento de terapia medicamentosa.
“Sabemos que é um tema pesado e do tabu que ainda existe, mas, cada vez mais, temos a clareza do quão fundamental é olhar para a saúde mental dos nossos profissionais de segurança. Além da adesão dos estados, estamos comemorando a adesão real das equipes e os excelentes resultados do Escuta Susp, o que demonstra que os profissionais estão, de fato, procurando o atendimento oferecido”, comemorou a diretora do Susp, Isabel Figueiredo.
Escuta Susp
A iniciativa é conduzida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As consultas são on-line, sigilosas e ocorrem por meio da plataforma do projeto.
O Escuta Susp também servirá de base para a criação de protocolos psicoterapêuticos específicos para profissionais de segurança pública, com acolhimento para demandas pontuais, psicoterapia contínua e intervenções preventivas contra o suicídio.
Entre as principais queixas psicológicas apresentadas pelos pacientes atendidos pelo projeto, estão ansiedade e depressão, seguidas por problemas no trabalho, com a família, de relacionamento com os pares, com as chefias e financeiros, respectivamente.
Acesso ao tratamento
Para solicitar o serviço, basta acessar o site, preencher o cadastro e anexar a carteira funcional para comprovar vínculo institucional.
Após a inscrição, o servidor recebe, por e-mail, o link para agendamento, podendo escolher o terapeuta e o horário mais conveniente. As sessões ocorrem exclusivamente pela plataforma do projeto.
O atendimento inicial é conduzido por psicólogos bolsistas no último ano da graduação, com experiência clínica, aptos a acolher demandas pontuais e avaliar as necessidades do paciente. Se for necessário um acompanhamento mais aprofundado, o paciente é direcionado para a psicoterapia e atendido por psicólogos em nível de mestrado e doutorado.
Para casos mais graves, como risco de suicídio, o atendimento é feito por especialistas em saúde mental e prevenção ao suicídio, também em nível de mestrado ou doutorado. Cada situação é analisada individualmente, com a possibilidade de encaminhamento para acompanhamento presencial, se necessário.